A criação é parte importante de qualquer departamento dentro de uma empresa, mas, para a área de produtos é requisito crucial para desenvolver e entregar o melhor produto. Além de atender as necessidades dos consumidores, a criatividade enquanto ferramenta interna, pode ser muito valiosa no ambiente de trabalho, melhorando entre outras coisas, o desempenho do time.
O engajamento é um conceito amplo, há diversas formas de trabalhar o comprometimento, isso varia de acordo com a empresa ou pode ser definido em cada setor, como cada líder irá motivar o seu time. Mas como desenvolver um engajamento entre as equipes?
Aline Pinheiro, Product Development & Product Manager da Unilever, participou na 2ª edição do Product Management Conference, realizado pela Blueprintt e compartilhou a jornada do trabalho colaborativo e como isso impactou positivamente na gestão de produtos da empresa.
Aline parte do princípio da criação como ferramenta para estimular o trabalho colaborativo. A Gerente de Produtos da Unilever sugere uma reflexão durante a palestra, com intuito de fomentar o debate e levantar ideias.
A partir da questão “como é a criação de projetos nas empresas?”
“Pra mim, o foco principal é o consumidor no centro de tudo, sempre. É fundamental fazer uma análise de qual é o seu estado hoje, tirar uma fotografia do que você tem no mercado, ‘quais são os dados?’ Faça pesquisa, olhe as redes sociais, e a partir disso começam a surgir os dilemas”, comenta Aline.
Olhar para o mercado de forma geral e principalmente para os influencers com o intuito de saber como eles enxergam a sua marca pode ajudar com insights interessantes. O produto precisa atender as necessidades e agregar valor para empresa, mais importante que vender uma solução, é vender uma ideia.
Estimule os times a criarem juntos através do trabalho colaborativo
Um time multidisciplinar trabalhando junto, além de ter discussões mais ricas, o engajamento vai sendo fomentado durante a conexão entre os profissionais envolvidos no processo.
Passar o sentimento de que o projeto não é só da área de produtos ou do PM faz toda a diferença para que o trabalho colaborativo aconteça de forma fluída refletindo na gestão do produto.
A forma de trabalho é variada, existem diversas ferramentas e técnicas como Scrum, Kanban e o Lean, por exemplo, que ajudam a organizar e liderar a estrutura de processo.
Escolha a ferramenta que mais se adequa, primeiro, a necessidade do cliente e, qual se encaixa melhor no projeto. Avalie bem antes de começar o desenvolvimento.
“O engajamento não vem do tipo da ferramenta, engajamento vem da participação das pessoas”, afirma Aline.
Como motivar as equipes?
Criar uma base para o projeto é fundamental para criar engajamento do time. Separamos 5 pontos-chaves para o trabalho colaborativo:
- Credibilidade: trazer segurança para o projeto. Quais são os objetivos? Onde o time espera chegar? Defina quais áreas da empresa serão fundamentais para a criação do produto. Essas reflexões minimizam os riscos e trazem confiança para o projeto.
- Visão macro: através de uma visão holística é possível mapear o processo do início ao fim, do ponto de partida do desenvolvimento, passando pela cadeia logística, avaliar os custos envolvidos durante a criação, possíveis desafios até a entrega final. Além da ajuda no gerenciamento, ter essa noção funciona como uma valência para o engajamento.
- Pesquisas internas: em geral, cada líder tem seu projeto. Então, conversar com os demais times, pesquisar e levantar informações sobre ferramentas, dados e processos é enriquecedor e incentiva o trabalho colaborativo. Pode acontecer da equipe não enxergar a solução por estar imersa no processo, logo uma opinião de fora pode abrir os olhos do time.
- Desenvolver líderes: o engajamento da liderança é crucial, se ela não abraçar o conceito de trabalho colaborativo, as chances de dar errado são grandes. Os gestores que estiverem envolvidos nos processos são agentes de transformação e imprescindíveis para obter êxito.
- Impactos financeiros: demonstrar a visão do negócio estratégico para o time faz com que todos tenham consciência do que está em jogo. Nessa etapa, é difícil ter uma certeza dos números, mas passar o posicionamento gera uma sensibilidade entre as áreas, que por sua vez, conseguem alimentar a equipe com mais informações.
É perceptível que através dessa base a interação entre as áreas acontece de forma orgânica, sem que haja necessidade de forçar a barra. Essa conexão impacta demais para os negócios da empresa, uma vez que todas as áreas estão cientes e “remando” na mesma direção.
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