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Anos atrás, era inacreditável pensar que uma pessoa poderia entregar bons resultados trabalhando da sua casa. Pior ainda, seria pensar em produtividade em home office.
A verdade é que essa é, hoje, a realidade de diversos profissionais mundo afora.
A internet e a popularização de dispositivos móveis – aliados a questões como a mobilidade urbana e o desejo por mais qualidade de vida – impulsionaram muitas empresas a proporcionar um modelo de home office para seus colaboradores.
No entanto, para gestores e profissionais de Recursos Humanos, resta um desafio: como promover maior engajamento em um ambiente remoto?
Neste post, vamos dar algumas dicas de gerenciamento de pessoas que atuam em um “escritório virtual”. Acompanhe e saiba mais!
Mudanças significativas como a adoção de um sistema de trabalho remoto podem assustar muitas pessoas no início.
Gestores podem se mostrar resistentes ao novo formato e não saber como avaliar e coordenar uma equipe na qual nem todos estão fisicamente presentes.
Foi justamente esse aspecto que Marcelo Alves Pereira, Diretor de Recursos Humanos da Enel, pontuou ao falar sobre o programa de home office que foi criado pela empresa em 2011.
O programa surgiu quando a instituição resolveu transferir boa parte de suas operações de São Paulo para Alphaville. Na época, a ideia era mitigar os impactos da mudança e usar o trabalho remoto como incentivo.
Hoje, o projeto ainda é percebido como grande benefício pelo time. “O programa é visto como algo positivo e virou parte do processo cultural da empresa, uma ferramenta de retenção de talentos e atração de colaboradores”, afirma Pereira.
Para o sucesso, ele explica que o RH fez um trabalho de convencimento com gestores e diretores, ressaltando vantagens como bem-estar da equipe, aumento da motivação e produtividade e redução do turnover.
Para viabilizar o trabalho e engajamento em um ambiente remoto, um funcionário necessita de alguns elementos básicos para ter um bom desempenho.
Primeiramente, troque desktops por notebooks. Outras boas medidas são substituir o sistema de ramais para programas de telefone pela internet como o VoIP. Conte também com aplicativos que facilitam a comunicação à distância, como o Skype for Business.
Em relação ao compartilhamento de informações, é válido pensar em migrar a rede – ou parte dela – para a nuvem. Além disso, a empresa vai precisar investir em servidores mais potentes para aguentar o volume do tráfego de dados fora do escritório.
As maiores dúvidas e preocupações de gerentes estão relacionadas ao controle de horas e como a avaliação do trabalho será feita.
Nesse ponto, Pereira declara que os horários não são calculados em dias de home office e que o acompanhamento é realizado por meio de métricas e resultados.
“É preciso orientar gestores a cobrar funcionários por metas, demandas, entregas, qualidade e prazos que foram combinados previamente. O importante é fazer cobranças factuais e relevantes”, diz ele.
Ele ainda complementa a ideia assegurando que as avaliações de desempenho com metas individuais continuaram mostrando resultados positivos depois da implementação do trabalho remoto.
É difícil viabilizar mais engajamento em um ambiente remoto se os gestores não fortalecerem a comunicação com sua equipe.
Os canais devem ser transparentes e eficazes, ou seja, em nenhum momento o funcionário deve se sentir “solto” ou “esquecido”.
Nesse contexto, Pereira é categórico em dizer que o colaborador tem sim o direito, de acordo com as diretrizes da empresa, de fazer home office ao menos uma vez por semana, mas que os dias, horários e a frequência devem ser combinados com o gestor.
A gerência deve ser flexível, mas o funcionário também precisa saber negociar e ter bom-senso.
Por vezes, o setor pode estar tendo que lidar com um volume inesperado de trabalho ou um novo projeto. Assim, esse não seria o melhor momento para se ausentar.
No fim, alega Pereira “trata-se de uma oportunidade para construir uma relação de confiança”.
Assim como os gestores, os funcionários também precisam se adaptar à um formato diferente de trabalho.
Por isso, vale a pena recomendar algumas boas práticas e dicas de conduta para guiar as pessoas sobre como será a rotina de trabalho remoto. Dessa maneira, evitam-se conflitos e desentendimentos.
Assim, oriente sua equipe a se planejar e programar horários. Afinal, trabalhar a distância significa também estar disponível para ler e-mails, responder mensagens e comparecer a reuniões por teleconferência, por exemplo.
Se a pessoa combinou com o gestor de conciliar um dia de home office com uma visita ao médico, precisa informar os horários os quais estará ausente.
Além do mais, nunca é demais relembrar as pessoas de separar a vida pessoal da profissional e evitar distrações.
Por vezes, a pessoa pode perder o foco com o que acontece na casa ou com possíveis interrupções da família.
Programas de home office apresentam ótimas vantagens para o negócio, como a possibilidade de reduzir custos com materiais, impressões, energia elétrica, alguns benefícios – como vale transporte -, entre outros.
Ademais, muitas empresas percebem que seus funcionários estão mais motivados.
No entanto, nem todo o mundo tem o perfil de proatividade, autonomia e foco para trabalhar fora do escritório.
Sendo assim, se esse é um mindset que você pretende instaurar na sua empresa, fique atento e procure escolher candidatos que possam ter essa aptidão.
Leve em conta o comportamento do selecionado, sobretudo em relação a prazos, entregas e produtividade.
Como você viu, é possível ter mais engajamento em ambiente remoto se a empresa estiver comprometida com a construção de uma cultura corporativa positiva.
O trabalho em home office já é uma realidade e não se pode fugir dessa tendência. Cabe ao RH aproveitar esse clima de flexibilidade para garantir a retenção de seus melhores talentos e ter um time comprometido.
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O home office faz parte de um novo tipo de modelo de trabalho que está surgindo a partir das transformações que estão ocorrendo no mundo e nas empresas. Seu RH está preparado para elas? Saiba mais:
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