A profissão de Relações Governamentais já vinha mudando bastante nos últimos anos, principalmente, no que diz respeito ao perfil do profissional. Atualmente, eles precisam ter domínio sobre diversos assuntos, não basta uma gama diversificada de contatos, é necessário conhecimento para manter os relacionamentos.
Temas como a falta de regulamentação da profissão, capacidade de mensuração dos resultados da área para demonstrar valor agregado, alinhamento com boas práticas de compliance, utilização de tecnologias e redes sociais para influenciar políticas públicas e facilitar o trabalho, continuam em voga no dia a dia da área.
Mas, além disso, a pandemia causada pelo coronavírus mudou drasticamente a forma de atuação destes profissionais que precisaram deixar de lado a presença física, tão característica em seu dia a dia, e passaram a utilizar ferramentas tecnológicas, aplicativos de mensagens, e-mails e reuniões por videoconferência para endereçar suas pautas.
Principais mudanças na atuação do profissional de RelGov
A crise acelerou os processos de digitalização em vários setores, e isso se mostrou efetivo para as relações governamentais. No âmbito do governo tudo tem caminhado de forma acelerada com aprovações ocorrendo em curto espaço de tempo.
Com isso, os profissionais tiveram que mudar sua postura diante de situações deste tipo, ativando sua rede de contatos, monitorando as propostas e o comportamento dos parlamentares envolvidos através de ferramentas digitais.
Pesquisa Blueprintt
A Blueprintt realizou, este ano, uma pesquisa com 30 heads da área de Relações Institucionais e Governamentais de todo o país. Com o objetivo de identificar os principais desafios desses profissionais, tópicos mais sensíveis e entender as ações tomadas para solucionar os gargalos.
Conversamos com profissionais de empresas como Google, Uber, Sanofi, Braskem, Telefônica, Atvos, Cielo, CSN, Raízen, JBS, Claro, Ambev, Vale, Samsung, Itaú, Oracle, 3M, Avon, Cargill, Serasa, dentre outras.
Os resultados serão apresentados a seguir!
Desafios elencados pelos profissionais
- Mudanças no perfil e skills dos profissionais da área;
- Necessidade de regulamentação da profissão;
- Relacionamento e articulação com o novo governo e acesso à informação nas esferas Estaduais e Municipais;
- Mensuração dos resultados da área e mostrar valor agregado ao negócio;
- Alinhamento com as boas práticas de compliance e ética;
- Uso de tecnologias e redes sociais para influenciar políticas públicas e facilitar o dia a dia da área;
- Mudanças tecnológicas e transformação digital estão trazendo novas formas de trabalho.
Quais objetivos desejam alcançar?
- Buscar metodologias e tecnologias aplicadas ao RelGov para mensurar resultados da área;
- Implantação, estruturação e análise de KPIs;
- Estruturação, consolidação e amadurecimento da área;
- Criar diálogo e entender as diretrizes do novo governo;
- Comprovar a transparência nas relações governamentais;
- Interação com os órgãos Municipais, Federais e Estaduais para formação de políticas públicas e aperfeiçoamento do mercado;
- Aprovação da lei do lobby para regulamentação da profissão.
Ações desempenhadas para alcançar os objetivos
- Busca pela transparência e compliance nas ações da área;
- Amplitude das relações com Estados e Municípios, tirando a concentração apenas na esfera Federal;
- Aplicação da inteligências de dados para pautar as tomadas de decisões;
- Demonstrar no dia a dia o valor das Relações Governamentais às demais áreas do negócio;
- Agilidade nas relações e andamento de pautas.
Futuro da área de Relações Governamentais
Sem sombra de dúvidas, em qualquer esfera das Relações Institucionais e Governamentais, lidar com o governo em todos os seus âmbitos é o principal desafio. Mas, como podemos notar, existe uma infinidade de outras pautas que estão norteando o dia a dia dos executivos da área.
Outro ponto importante a ser considerado é que, em geral, as equipes de RelGov são pequenas nas organizações. De acordo com a pesquisa O Perfil do Profissional de Relações Governamentais, do Pensar RelGov, cerca de 40% das áreas são compostas por até 3 profissionais e 64% possuem até 6 colaboradores.
Ou seja, a maioria dos times são pequenos e precisam dar conta das diversas pautas relevantes, além de encarem as mudanças oriundas do atual cenário político-econômico. Mas, analisando os dados da pesquisa, fica claro que é fundamental para a área se adaptar aos novos modelos fazendo o devido uso das ferramentas tecnológicas para alavancarem seus resultados.
O desenvolvimento de novos skills e a troca de experiências com outros profissionais da área pode ser fundamental para se destacar. Inscreva-se no Programa Executivo de Imersão em Relações Governamentais e descubra as melhores práticas e tenha os insights que vão te ajudar a guiar a sua organização. Acesse o site e saiba mais!