Marque conteúdos que você deseja receber
A economia tem mudado com frequência, nos mostrando que quem está no topo hoje pode não se perpetuar por muito tempo. Por exemplo, mais da metade das empresas que faziam parte do quadro da Fortune 500 desaparecem ao longo dos últimos 20 anos. E esta transformação ainda não chegou ao fim, até 2027 estima-se que 75% destas empresas terão sido substituídas.
Todos os mercados estão sofrendo alterações e mesmo nos casos de fornecimento de commodities, produto em que tradicionalmente não temos muitas mudanças, é necessário ter um olhar direcionado para a disrupção. O setor financeiro é um exemplo deste tipo de mudança, não era possível imaginar algum tempo atrás que fintechs tirariam receita de grandes bancos.
As organizações podem se preparar para essas mudanças aplicando os conceitos de agilidade, tornando o seu planejamento estratégico ágil. É relativamente fácil notar o surgimento de uma nova startup, mas as grandes empresas têm dificuldade para mudar seu direcionamento de forma rápida, por isso a importância da tomada de decisões de maneira ágil.
Além disso, trazer o ponto de vista do cliente para o centro da sua estratégia se torna imprescindível para ser assertivo no futuro da sua organização. Conceitos como prototipação incremental e planejamento contínuo também suportam este desafio, auxiliando em transformar a estratégia em realidade.
Para ajudar a esclarecer os conceitos e suportar a transformação do planejamento estratégico, contamos com a participação do Tomás Botelho, Portfolio Management & Continuous Improvement Manager da Votorantim Energia na última edição do Programa Executivo de Imersão em Planejamento Estratégico.
Confira os principais pontos a seguir!
Para responder a este mercado incerto, a agilidade organizacional se torna imprescindível. Muitas empresas fazem seus planejamentos para um horizonte de 5 anos ou mais, mas imprevistos acontecem no meio do caminho como, por exemplo, uma pandemia. Qual estratégia não foi “jogada no lixo” no início deste ano, onde não prevíamos a pandemia? Estas mudanças inesperadas tornam primordial termos agilidade organizacional para respondermos rapidamente à estas mudanças.
Esta agilidade consiste em como tornar a sua empresa ágil, tomada de decisão menos burocrática e trazer valor rapidamente para a organização. A metodologia é composta, basicamente, por três grandes pilares:
Este modelo torna necessário que o planejamento seja desenhado com uma visão de horizontes de investimento. No primeiro horizonte (H1 – Horizonte 1) o objetivo é mais central, como a geração de caixa; no segundo (H2 – Horizonte 2) é necessário ter uma vertente adjacente de crescimento e expansão do negócio; e o terceiro (H3 – Horizonte 3) é voltado para o transformacional com um viés de disrupção e inovação do mercado.
O quadro de horizontes precisa ser vivo e responder às mudanças do mercado/mundo ou novas necessidades dos clientes. Atualizações constantes ajudam as empresas a responderem rapidamente qualquer novidade do mercado. Neste momento, os ritos de gestão frequentes para monitoramento de mercado e decisão de resposta da companhia se tornam imprescindíveis.
Para cada iniciativas adicionada no quadro, trazemos metodologias ágeis para a sua implementação. Podemos utilizar um conjunto de três metodologias: design thinking, lean startup e agile (scrum).
O primeiro ponto é entender o problema do cliente e, baseado no design thinking, criar uma ideia, prototipar e criar hipóteses.
Em seguida, deve-se testar as hipóteses com base em lean startup e se elas fizerem sentido, inicia-se a etapa de escalação da ideia através de produtos incrementais baseados em agile.
Esse conceito deve ser desdobrado em pequenas metas, com curtos intervalos de tempo que proporcionam aprendizado e evolução das soluções.
As metas estabelecidas nos horizontes de investimento devem ser desdobradas em squads compostas por times multidisciplinares. Isto se torna importante, pois as necessidades do cliente compõem um mix de várias áreas e apenas um time de múltiplos profissionais pode atendê-las.
A ideia é ativar o valor de forma interativa e incremental, ou seja, o planejamento é orientado ao valor de negócio com prototipações constantes ao invés de só realizar as entregas ao final dos projetos.
Para isso tudo funcionar, é preciso ter uma cultura de autonomia com alinhamento. A necessidade de tomada de decisões é constante e deixá-la concentrada nos executivos da alta administração atrasa todo o processo.
Quer continuar aprendendo e se aprofundar no assunto? Então inscreva-se para a terceira turma do Programa Executivo Imersão em Planejamento Estratégico, acesse o site e saiba mais!
Leve a sua gestão para o topo
Aperfeiçoe-se com insights exclusivos dos principais nomes da gestão