O mindset growth ou mentalidade de crescimento, em português é a compreensão de que habilidade e inteligência podem ser desenvolvidas, como o próprio nome se refere. O conceito está ligado à busca por aprendizagem, uma visão otimista sobre a vida. E o que isso tem a ver com o cotidiano organizacional?
Se levarmos em conta que a relação de consumo e cobrança por qualidade, seja de produto ou serviço são as prioridades do mercado para com o cliente, aplicar o mindset growth nas empresas é de grande valia. O conceito é flexível e mutável, onde o erro é visto como oportunidade e condiz muito com o cenário de incertezas que a economia global está vivendo por conta do novo coronavírus.
Além de um entendimento da mentalidade humana é uma ferramenta de mudanças por intermédio de estratégias que envolvem autopercepção, feedback e encorajamento.
Como aplicar o mindset growth na gestão de produtos?
Mesmo que o seu produto seja algo físico, que não possua uma ação tecnologicamente digital, o processo de desenvolvimento dele passará por ato digital, portanto, se encaixa na prateleira de produtos digitais.
Quando pensamos em desenvolvimento de produtos digitais, são ações que acompanham o mindset da gestão, então atualização, revisão e entrega de novos produtos são pilares para a nova forma de pensar.
Mindset growth ganhou relevância anos atrás com os cases do Airbnb e Dropbox, mas são empresas novas, de crescimento e expansão. Como aplicar o conceito em empresas já consolidadas?
Ter um time específico olhando para o growth significa que a empresa está descobrindo a alavanca que permite um crescimento sustentável. Mas como acontece?
Processo de experimentação estruturado, na prática significa processos claros e ter uma cadência, criar uma cultura de experimentação contínua dos processos e trabalhar a questão da liderança, da empresa e do negócio que irão acontecer falhas, mas o importante é que seja de forma rápida e barata. Para sustentar os testes.
O que isso quer dizer? Experimentação estruturada, processos claros e cadência significa que estamos falando de processos macro para o micro, exemplo: qual é o objetivo do negócio para esse ano? Precisa ter foco e ter um escopo bem definido.
Em gestão de produtos um modelo bem comum a seguir é o Opportunity Solution Tree (Árvore de Oportunidades) da Teresa Torres. Essa estrutura ajuda os squads a lembrarem onde precisam chegar colocando todos em sintonia, dessa forma os envolvidos no processo entenderão qual é objetivo. Por exemplo: a raiz da árvore são os experimentos pequenos e rápidos com base nas hipóteses, em que o foco é gerar aprendizagem a fim de criar técnicas para a hipótese de solução.
O primeiro passo: oportunidades que irão liderar a busca por resultados desejados. Não tente achar a solução antes de encontrar possibilidades para tal.
Após identificar as oportunidades, crie hipóteses de soluções para entregar o resultado. Pois o mindset aqui não preza pela solução final se a meta da empresa não for atingida. Para o cliente pode ser ótimo, mas procure otimizar a solução ou buscar por outras.
Enfim, após definir a solução chegamos na etapa de experimentação. Pense sempre em pequenos e rápidos experimentos, com o objetivo de levantar novos insights para saber qual o melhor caminho. Ferramentas como Job-to-be-done, Design Thinking, Design Sprint, OKRs e Teste AB são fundamentais para essa fase do processo.
Visão de discovery contínuo e sua importância na gestão de produtos
Faz parte do growth hacking ter uma visão de melhoria contínua e priorizar esse modelo. Mas, como priorizar? Através de modelos colaborativos, trazer os stakeholders e os squads para manterem uma comunicação clara e alinhada com as expectativas de todos os lados.
“Tem uma parte importante que é a de preparação, que é dever do PM (Product Manager) montar uma ficha de teste, em que ele declara a hipótese dele e detalha mais isso para compartilhar com outras pessoas. O PM estrutura a hipótese de uma forma colaborativa envolvendo outros membros do time e é muito importante para a empresa comunicar com essas pessoas qual é a hipótese que a gente acredita e o por que ela é importante, qual o caminho, qual o critério e qual indicador eu quero mexer”, comenta Jorge Gomes, Ex Group Product Manager da Catho e atual Head de Produtos na MovilePay.
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