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Você já pensou em adotar metodologias ágeis em Relações Governamentais na sua empresa? À primeira vista, parece não fazer sentido. Afinal de contas, o conceito surgiu na área de desenvolvimento de softwares.
Mas, aqui, engana-se quem pensa que as tão faladas metodologias ágeis só podem ser aplicadas em startups e empresas de tecnologia.
Inovações surgem num piscar de olhos. Dentro desse mercado cada vez mais dinâmico, todas as áreas precisam ser flexíveis para se adaptarem aos diferentes cenários.
Neste artigo, vamos apresentar o conceito por trás das metodologias ágeis e como implementá-las na área de Relações Governamentais.
Continue a leitura e saiba mais!
Antes de falarmos mais precisamente sobre o conceito de metodologias ágeis, é muito importante contextualizar o cenário de Relações Governamentais.
Você já ouviu falar no termo VUCA? Trata-se de uma sigla em inglês que significa Volatilidade, Incerteza, Complexidade e Ambiguidade.
Em outras palavras, a expressão descreve um cenário de mudanças rápidas e intensas.
Mais ou menos como a nossa política, não é verdade?
É muito corriqueiro acontecer viradas imprevisíveis nos debates políticos. Uma Medida Provisória que todo mundo espera que seja aprovada pode caducar. E vice-versa.
Dentro desse contexto, os profissionais de Relações Governamentais precisam ser flexíveis para acompanhar as mudanças que a caneta de um político pode causar no setor de atuação de sua empresa.
Surge, então, a adoção das metodologias ágeis em Relações Governamentais. Ao invés de fazer um planejamento para realizar uma grande entrega dentro de um longo período, realiza-se pequenas entregas de forma consistente.
De maneira resumida, as metodologias ágeis garantem:
Na visão do gerente de Relações Governamentais da 3M, Fernando Almeida, “as metodologias ágeis prevêem um ciclo mais curto de planejamento, execução e retroalimentação. De passo em passo, eu planejo a minha rota. Ela é mais flexível. Gasta-se menos tempo planejando, e mais tempo executando”.
De acordo com o estudo State of Agile Report, os três maiores benefícios da aplicação de metodologias ágeis são:
Segundo Almeida, muitas pessoas sabem que a área de Relações Governamentais é muito importante, mas não entendem direito o que ela faz na prática.
Quando todas as atividades ficam visíveis e com uma linguagem acessível para os times, clientes internos e stakeholders externos, as outras áreas passam a conhecer as funções e importância de Relações Governamentais para a companhia.
Outro ponto exaltado pelo executivo é a transparência do processo que as metodologias ágeis reforçam: “se as ações do governo são pautadas pela publicidade, por que a nossa atuação junto a ele não deveria ser?”, questiona Almeida.
Existem diversas metodologias ágeis, mas o Scrum é aplicado por 58% do mercado, sendo então o mais comum.
Basicamente, essa metodologia consiste em gerenciar projetos e o desenvolvimento de produtos de alta complexidade de maneira rápida e flexível.
Ela é conhecida como a metodologia 3-5-3, que significa 3 papéis, 5 eventos e 3 artefatos. Para ficar mais fácil de entender, vamos decifrar cada um desses números:
Trata-se da divisão de responsabilidades de cada membro da equipe. “O scrum funciona muito bem com equipes enxutas, entre 3 e 10 pessoas”, sinaliza Almeida.
Em outras palavras, significa que o time deve ser pequeno o suficiente para se manter ágil e grande o suficiente para fazer um trabalho significativo.
Abaixo, está a divisão de responsabilidade de cada profissional:
Como o próprio nome revela, as metodologias ágeis precisam ter ciclos curtos e entregas constantes. Nesse sentido, o Scrum estabelece cinco eventos que devem ser respeitados em cada ciclo:
Num primeiro momento, parece que é muito tempo de planejamento e encontros, não é mesmo?
Mas, se somarmos o tempo sugerido pela metodologia Scrum para um Sprint de um mês, seriam apenas 20 horas mensais. É um tempo muito bem investido que mantém a equipe alinhada diariamente, com uma clareza de objetivos.
“A questão do tempo para cada evento vai muito da maturidade do time. No começo, a gente gastava muito mais tempo, mas agora que estamos acostumados com a metodologia, somos muito mais rápidos. O nosso Sprint Planning, por exemplo, dura apenas duas horas”, ressalta Almeida.
Uma parede e um monte de post-its pendurados já são suficientes para implementar a metodologia Scrum. Aqui, você vai espalhar os post-its em três colunas: o que deve ser feito; o que está fazendo; o que foi finalizado.
É claro que o desenho do processo pode ser feito virtualmente. Nesse sentido, o Trello é uma das ferramentas mais conhecidas e intuitivas. De quebra, ele é totalmente gratuito. O Microsoft Planner e o Jira Software são outros softwares recomendados.
Independentemente da ferramenta escolhida, o ideal é que o time insira – e mova – as atividades de uma coluna para outra. Em cada tarefa, é preciso haver uma breve descrição, os nomes dos responsáveis por executá-la, além de uma nota de complexidade.
Dentro das tarefas da área de Relações Governamentais, podemos fazer o seguinte exercício: agendar uma reunião com uma autoridade mais acessível recebe complexidade 2. Por sua vez, revisar um ofício que demanda muita argumentação pode ter complexidade 5.
Aqui, é importante que todo o time defina o grau de complexidade de cada tarefa.
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