4 etapas adotadas pela DuPont para ter uma liderança inclusiva

Liderança inclusiva

Ter uma liderança inclusiva é um desafio para qualquer empresa.

 

Por isso, a preparação de líderes é uma importante ferramenta para manter alinhados expectativa, visão e o valor de todo o grupo, especialmente no que tange sobre gestão da diversidade corporativa.

 

A cultura de uma companhia pode parecer um tópico que pode entrar na lista de “decisões a longo prazo”, mas é aí que mora o erro.

 

Desde o início de um negócio, cada pessoa integrante daquela jornada já deve saber quais as políticas de cultura organizacional a marca carregará.

 

Isso porque o colaborador também vai decidir quais tipo de pessoas vão ser contratadas, com quais tipos de empresas serão firmadas parcerias, quais causas serão abraçadas ou como irão se posicionar caso sejam questionados pela imprensa algum dia.

 

Segundo Simone Bianche, diretora de RH da DuPont, é perceptível que instituições privadas engajadas nesse tema estão investindo cada vez mais, pois perceberam o impacto positivo que se tem na estratégia da empresa.

 

E nesta matéria você poderá conferir como a DuPont pode servir de inspiração à todas as companhias que queiram rever ou estruturar sua área de treinamento de liderança.

 

Mas, antes…

 

Erros de líderes inexperientes

 

Liderança inclusivaQuer entender por que vale a pena formar uma liderança mais inclusiva?

 

Vou começar te apresentando os principais erros de líderes não preparados para o dia a dia da gestão.

 

Inicialmente, eles não sabem lidar com grandes dilemas.

 

Por onde eu começo para cumprir o que foi delegado?

 

Se meus colaboradores tiverem problemas pessoas que impactem no trabalho, o que eu faço?

 

Esses são só dois questionamentos que rondam àqueles que começam na função de gestão de uma área.

 

Depois, lidar com seres humanos é uma tarefa árdua diária, pois cada um tem uma estrutura social, criação e crenças diferentes e já sabemos o quanto não conseguem separar isso do âmbito profissional.

 

E o líder tem que saber lidar com tudo isso e disponibilizar este laço para que o colaborador sinta confiança para seguir em frente.

 

Por fim, é preciso comandar decisões inovadoras para a sua área.

 

O perigo de cair na rotina das demandas em uma empresa quando você é líder é um dos maiores.

 

Porém, inovar é algo que pessoas em cargo de gestão são cobradas constantemente, ou seja, tem que “equilibrar os pratinhos” e mantê-los girando para cumprir os seus objetivos.

 

Liderança inclusiva na DuPont

 

Esses exemplos mostram o quanto é necessário que as equipes de RH criem um vínculo estruturado entre a empresa e os líderes assim que os contratam.

 

Pois, quanto mais palpável é um objetivo para um líder, quais ferramentas ele possui, além de sentir que realmente faz parte do negócio, seu voo terá sucesso com muito mais clareza.

 

Pensando nisso, a Simone Bianche definiu 4 estágios fundamentais de progresso para conseguir conscientizar o público interno. São eles:

 

Estágio 1 – Consciência

 

Liderança inclusivaMissão: construindo a fundação para a ação.

 

Foco: força de trabalho

 

Tópicos mais importantes:

 

  • Construção do caso para ação e link com objetivos organizacionais;
  • Propósito;
  • Comunicação;
  • Conexão com a liderança;
  • Integração com processos básicos.

 

Neste estágio é moldada toda a fundamentação para a ação dentro da estratégia de diversidade e inclusão corporativa.

 

Simone explica que as ações precisam estar alinhadas com os propósitos da empresa. O foco é na instituição de maneira interna e a importância da identidade social dela.

 

Diversidade tem impacto positivo em vários aspectos e ajuda a ganhar a guerra por talentos. “Se você excluir a diversidade, a empresa começa a enfraquecer”, frisa Bianche.

 

Estágio 2 – Conexão

 

Liderança inclusivaMissão: estabelecendo infraestrutura e construindo relacionamento externo.

 

Foco: força de trabalho.

 

Tópicos mais importantes:

 

  • Alinhamento de expectativas da liderança;
  • Aspirações e metas;
  • Desenvolvimento de estratégias e implementação;
  • Responsabilidade por ações e resultados;
  • Aliança com parceiros externos.

 

Toda a ação aqui está baseada na necessidade de compreender o outro.

 

É hora de alinhar expectativas de liderança e traçar metas.

 

A liderança precisa estar conectada com o tema, pois é o momento de realizar ações afirmativas da marca e alianças com parceiros externos.

 

A Dupont aderiu à “Carta de Igualdade Racial” como forma de posicionar sua estratégia de negócio. “O nosso negócio é de ciência e inovação. Sem diversidade não há inovação”, conta Simone.

 

Estágio 3 – Senso de Propriedade

 

Liderança inclusivaMissão: reforçando responsabilidade, provendo foco e direção.

 

Foco: ambiente de trabalho.

 

Tópicos mais importantes:

 

  • Direcionamento da mudança comportamental;
  • Treinamento e educação;
  • Revisar e revisitar estratégia e planos de ação;
  • Recompensa e reconhecimento;
  • Engajamento de funcionários.

 

Uma das primeiras ações aqui foi organizar um treinamento para os líderes sobre o viés inconsciente.

 

Assim, a equipe de RH da DuPonte passou a observar melhor o comportamento dos funcionários para entender de que forma os passos anteriores afetaram a convivência.

 

Estágio 4 – Vanguarda

 

Liderança inclusivaMissão: rompendo barreiras de comportamentos e performance.

 

Foco: mercado.

 

  • Mudança cultural;
  • Reconhecimento como líder em diversidade e inclusão;
  • Link com performance e resultados organizacionais;
  • Compartilhamento sobre diversidade na geração de valor e resultados de negócios.

 

No quarto e último estágio fica muito claro o senso de pertencimento que cada líder deve ter e, consequentemente, transmitir à sua equipe.

 

Compartilhar resultados, valores, “virar a chavinha” para entrar de vez na cultura daquela organização só vai fazer com que os dias dali em diante tenham ações mais fluidas e que a inovação se integre de maneira mais suave e natural.

 

Inovação como pilar estratégico

 

Portanto, não importa o assunto, em uma empresa a inovação nunca pode parar.

 

Para isso, é necessário ter mentes diferentes pensando em conjunto e também com um objetivo em conjunto que se solidifique com mais clareza possível e que possam implantar o tema como pauta corporativa.

 

Romper barreiras faz com que o mercado enxergue a empresa e que o processo inverso aconteça com um olhar mais apurado e certeiro.

 

Assim, gerando também os tão aguardados reconhecimentos.

 

Na Dupont, constatou-se que, após todos esses passos ou qualquer inovação que ainda esteja por vir, se a diversidade for excluída, a empresa começará a enfraquecer.

 

Também percebeu-se que se qualquer empresa, em qualquer estágio de vida ou foco de negócio, deseja inovar é necessário começar a implantar este tema como pauta corporativa.

 

Aliás, aproveite e veja lições sobre liderança com a primeira mulher no comando da federação mundial de RH.

O que achou da experiência da DuPont?

 

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