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Aqui no blog da Blueprintt já falamos sobre como o mercado de seguros está inovando com o surgimentos das insurtechs, startups que unem o mercado de seguros com os benefícios que a tecnologia oferece.
Em outros termos, nada mais que a junção das palavras Insur (insurance) + Tech (technology), ou seja, é o mercado de seguros adentrando no potencial universo tecnológico que a quarta revolução industrial vem promovendo.
Com todas as inovações tecnológicas que têm impulsionado constantemente novos modelos de negócios, em um novo ecossistema de relações e comportamentos dos usuários, faz-se urgente a necessidade de remodelar e implementar novas iniciativas dentro deste setor.
No artigo de hoje viemos falar um pouco das empresas brasileiras que estão inovando dentro deste mercado.
De acordo com Caetano Altieri, vice-coordenador do Comitê de Insurtechs, da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net), todas as insurtechs atuais trazem uma nova experiência para o cliente final.
As empresas utilizam tecnologias digitais como inteligência artificial e machine learning, que analisam o comportamento do consumidor e indicam o melhor produto, otimizando o processo de vendas e dando eficiência operacional ao corretor, e blockchain, que traz segurança e rapidez nas transações.
Para ele, todos os agentes do ecossistema – corretoras e seguradoras tradicionais – precisam entender a proposta de valor das Insurtechs e utilizar essa proposta para alavancar seus negócios, seja como canal de distribuição, seja como fornecedor de soluções para problemas específicos. Isso traria eficiência, aumento de margem e satisfação do consumidor nos processos de vendas e pós-vendas.
Por ser um mercado composto por rígidas normas e legislações, Altieri explica que os modelos de negócios das insurtechs são flexíveis.
Como são startups criadas para interagir em um mundo digital, com pessoas consumindo cada vez mais produtos e serviços online, elas se baseiam na tecnologia para ofertar o melhor produto para o cliente final e tornar o processo de contratação e pós-vendas mais simples e sem atritos.
“O mercado de seguros é bastante aberto a novos canais e novas formatos de venda, desde que estejam em acordo com as regras da Susep. O que temos ainda é um atraso das regulações em relação às novas possibilidades e à nova demanda de consumo do consumidor digital. No entanto, iniciativas como a SandBox, da Susep, e o Comitê de Insurtechs, da camara-e.net, por exemplo, têm a missão de cada vez mais fomentar o setor num consenso entre tecnologias e o compliance Susep”, declara Altieri.
Conheça 6 insurtechs brasileiras de destaque e como elas estão atuando dentro deste novo cenário de negócios digital:
A Ciclic é uma insurtech pioneira na venda online de planos de previdência complementar e tem como público-alvo principalmente jovens da geração millennial.
Lançada em 2017 como uma joint venture da BB Seguridade e da PFG2 Participações, a empresa tem como ideia central desmistificar a relação que esse tipo de investimento possui com a aposentadoria.
A proposta da Ciclic é mostrar que, com previdência privada também é possível alcançar realizações pessoais como uma viagem, a compra de um automóvel ou, por exemplo, a organização de uma festa de casamento.
A Planetun surgiu a partir do Grupo Planetun, que atua no mercado há 11 anos, desenvolvendo soluções disruptivas para o setor de seguros e automotivo.
Focada em inovação constante e oferecendo soluções que permitem uma nova experiência e mobilidade aos clientes, o grupo acumula em seu portfólio aplicativos de regulação, vistoria e inspeção em todos os ramos segurador, token de pagamentos, robôs de automatização de processos repetitivos, sistemas de WorkFlow de Fornecimento de peças, Sinistros e Manutenção e um Marketplace de serviços e peças automotivas.
020Bots é uma insurtech brasileira focada no empoderamento dos canais de distribuição de seguros. A empresa desenvolveu uma inteligência artificial capaz de conversar com os clientes via aplicativos de mensagens de texto e qualificar leads.
Realizando 90% das tarefas operacionais e repetitivas, a tecnologia permite que os corretores fiquem livres para ser mais consultivos e assim vender mais.
A 88I é uma plataforma digital de serviços voltada para a contratação de proteção, seguros e assistências utilizando o recurso do blockchain. O sistema conecta corretores e clientes de forma mais rápida, pagando pelo serviço por meio de criptomoedas.
A proposta da insurtech é desenhar e distribuir produtos e serviços das seguradoras, permitindo que corretores usem a plataforma para capilarizar as vendas no território nacional, diminuindo, assim, as taxas e promovendo uma melhor concorrência, tornando mais simples, fácil e rápido o consumo de seguros no Brasil.
A Komus é uma empresa de tecnologia que oferece aos usuários uma plataforma de proteção compartilhada para smartphones. Os brasileiros gastam muito dinheiro na compra dos seus smartphones e os riscos de roubo ou furto são altos aqui no Brasil.
Muitas vezes oferecer o produto de seguros para smartphones não é interessante para as seguradoras. Não é rentável como outros tipos de seguros e há um risco maior de fraude.
Por isso, na Komus os usuários pagam um valor que é investido num caixa compartilhado usado para cobrir os riscos dos membros.
Quando o dinheiro não é utilizado, isto é, quando ninguém tem o celular roubado ou furtado, o valor arrecadado vira crédito para os usuários. O usuário paga uma taxa administrativa de 2% ao mês sobre o total investido no caixa compartilhado pelo grupo.
A insurtech usa o blockchain como registro de transparência; as transações e movimentações feitas no caixa são registradas permanentemente na rede e ficam disponíveis para consulta.
Com sede em Florianópolis, a Driveon é uma plataforma voltada para serviços de carros conectados à internet por meio da telemática.
A telemática vem transformando o mercado de veículos por meio da inteligência de dados, promovendo um menor índice de acidentes, melhorando o comportamento de direção e o leque de serviços ofertados, que otimiza a vida de empresas e usuários finais, gerando uma economia expressiva em combustível e manutenção, e controlando em tempo real a localização do veículo.
O motorista recebe tokens em troca dessas informações importantes, que estão seguras em uma rede Blockchain e gerenciadas pela plataforma da DriveOn.
Na opinião do vice-coordenador do Comitê de Insurtechs, o que se torna indispensável hoje para quem deseja abrir uma insurtech é muita disposição e criatividade, coisas necessárias a qualquer empreendedor.
“Mas isso não funciona sem o conhecimento do mercado de seguros e do comportamento do consumidor”, finaliza Caetano Altieri.
Quer saber mais sobre o mercado de seguros no Brasil?
A Blueprintt vai reunir os principais agentes responsáveis pela inovação no setor em novembro no congresso Insurance Innovation. Saiba mais clicando aqui.
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