Os desafios da gestão de pessoas na comunicação interna das empresas são muitos. O mercado está em profunda transformação e as mudanças são sentidas em todos os setores. Entre as novidades, estão:
A migração de pessoas para a área corporativa é grande, com perfis muito diversos: jovens antenados e conectados, jornalistas habituados ao dia a dia das redações, profissionais de agências com experiência em assessoria e relações públicas, entre outros.
Nesse cenário, como reter talentos e identificar os colaboradores mais adequados para compor suas equipes, além de preparar a liderança e ajustar a cultura organizacional para essa transição?
Neste post, vamos falar de 5 dicas essenciais para potencializar a gestão de pessoas no setor de comunicação e solucionar questões que possam surgir.
Continue lendo para saber mais!
É fato que uma nova leva de profissionais como jornalistas, assessores, publicitários, relações públicas, entre outros, estão migrando para dentro das empresas e precisam se adaptar ao modelo de comunicação corporativa. Essa transição não é simples para a organização e nem para a pessoa.
Para evitar problemas e o aumento do turnover, é importante orientar gestores sobre qual o perfil desejado e esclarecer as expectativas e exigências da empresa logo nos processos de seleção.
Solange Fusco, gerente de comunicação corporativa do Grupo Volvo América Latina, se surpreendeu ao abrir duas vagas para a área de comunicação. Ela recebeu milhares de candidaturas, muito mais do que já tinha visto.
No entanto, ao aplicar os filtros básicos para a vaga, 90% dos interessados já foram descartados. Entre tantos conhecimentos técnicos exigidos, faltava o inglês fluente para trabalhar em uma empresa multinacional como a Volvo.
A gestora sente que os profissionais precisam entender de tudo um pouco na área e que o mercado exige muito mais deles hoje atualmente. No entanto, muitos perderam competências básicas como domínio de idiomas.
Portanto, as corporações precisam redobrar a atenção e ser mais criteriosas na hora de traçar o perfil das vagas.
Para trabalhar em uma empresa, o profissional de comunicação precisa entender também mais sobre planejamento estratégico, indicadores e outros aspectos importantes para o negócio.
Para Luciana Alvarez, gerente de comunicação e sustentabilidade da Duratex, dois elementos que fazem toda a diferença são a proximidade e o relacionamento. Com esses conceitos, a gestora se refere ao entendimento sistêmico da instituição, o que ele produz e como fatura.
“O profissional de comunicação generalista é importante. Mas, para ter um bom desempenho dentro da empresa, ele precisa participar de reuniões e estar perto dos gestores e se inteirar sobre o negócio”, diz ela.
Já Daniele Salomão, diretora de gestão de pessoas e comunicação do Grupo Energisa, complementa: “o profissional tem que ter a capacidade de ampliar o seu universo dentro dos temas de comunicação e sair dos tecnicismos. Ele precisa transitar bem pelas áreas da empresa, captar ou até mesmo antecipar demandas ocultas e crises em potencial”.
Logo, um diferencial é ter uma visão completa da corporação e manter o radar ligado para fazer um trabalho que vai, de fato, gerar mais valor.
A comunicação interna é um dos setores mais importantes, uma vez que é um desafio maior dialogar com o colaborador. Afinal, é ele quem conhece melhor as fragilidades da empresa.
Assim, o potencial da área é enorme para reforçar a confiança e a credibilidade. Investir no reforço da marca é a melhor estratégia para atrair pessoas, e a comunicação está totalmente ligada a essa empreitada.
“Assim como startups e pequenos empreendimentos que buscam refletir sobre valores e reputação de marca, as grandes empresas estão fazendo esse percurso e trabalhando seu propósito para atrair e reter talentos”, afirma Luciana.
Nesse sentido, a ideia é que os funcionários de comunicação sejam porta-vozes da cultura organizacional e criem estratégias para conectar pessoas com os valores, missões e crenças da instituição.
Quando o assunto é a diferença de culturas organizacionais, a gestão de pessoas terceirizadas ou de agências na comunicação pode ser um obstáculo para a produtividade, caso os objetivos e expectativas de todos os envolvidos não estejam alinhados.
Nesse ponto, é fundamental que o fornecedor não seja visto como algo a parte do negócio. O trabalho em conjunto e em parceria é o melhor caminho para o sucesso.
Deixe releases prontos e classificações antigas de lado: para gerar conteúdo e campanhas relevantes, ricos e eficazes, os terceirizados precisam estar totalmente envolvidos no dia a dia da empresa e fazer parte da estratégia.
O alinhamento entre a liderança e a comunicação é indispensável para gerar mais confiança e trazer pessoas para o lado da empresa. Daniele enfatizou a necessidade de investir nesse aspecto e todas as iniciativas adotadas pela Energisa:
A ideia é, com o auxílio da comunicação, preparar o gestor para ser porta-voz da empresa para os colaboradores. Mais do que isso, o intuito é ajudá-lo a como se colocar e dialogar com pessoas de forma eficiente.
Apesar das complexidades e mudanças, o cenário é promissor para as empresas, que tem chances de maximizar a performance do seu negócio, o fluxo de informações e a reputação da marca no mercado, caso adotem boas práticas de gestão de pessoas na comunicação.
Quando está bem estruturado, esse setor promove maior transparência e integração entre os clientes internos e externos.
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