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Algumas pesquisas recentes mostram como a representação feminina nos cargos mais altos da hierarquia corporativa ainda é inexpressiva, como no caso de CEOs mulheres.
Por mais que falemos sobre transformações tecnológicas e sociais em muitos dos artigos aqui publicados, a questão da igualdade de gênero parece ainda ser um assunto muito pertinente a se discutir.
O ano de 2018, especialmente, foi marcado por grandes debates em torno do tema, com um apoio crescente a diversos movimentos e iniciativas voltadas à paridade de gêneros.
O levantamento Panorama Mulher 2018, feito pela Talenses em parceria com o Insper, mostra que as mulheres ocupam cargo de CEO em apenas 18% das empresas do Brasil.
A média global é ainda pior. Segundo estudo feito pela Ipsos Mori, apenas 3% dos cargos de CEO são ocupados por mulheres no planeta.
A melhora desses índices depende das empresas se posicionarem e buscarem entender os fatores que atuam na formação desse cenário desigual.
Também são necessárias mudanças em relação à sociedade e a políticas que fazem distinção entre homens e mulheres.
A seguir, listamos mulheres que ocupam esses cargos de CEO no Brasil e no mundo, além de dicas de como elas chegaram à esse cargo.
Ex-CEO da Pandora, Rachel Maia assumiu a principal posição da Lacoste recentemente, em novembro.
Formada em Ciências Contábeis e pós-graduada em Finanças pela USP, Rachel iniciou sua carreira na Seven Eleven como controller, onde passou sete anos.
Sua trajetória profissional também inclui a Novartis Pharmacy e a Tiffany & Co, onde foi responsável pela entrada no Brasil e assumiu as posições de CFO e CEO.
Além de ser uma das poucas CEOs mulheres do Brasil, Rachel ainda é negra, se tornando exemplo para milhares de brasileiras.
Hoje ela responde por uma marca que possui uma rede de distribuição de 54 butiques, 11 outlets, 6 lojas Duty Free e cerca de 850 multimarcas.
A Lockheed Martin é uma empresa fabricante de produtos aeroespaciais criada em 1995 e sediada em Maryland, nos Estados Unidos.
Marillyn Hewson começou sua carreira na empresa em 1983 como engenheira industrial sênior, tornando-se CEO da Lockheed Martin desde 2013.
Em 2015, Hewson foi nomeada uma das CEOs mulheres mais poderosa do mundo pela Forbes. Título que ganhou novamente este ano pela revista Fortune.
Órfã de pai aos 9 anos, a mãe, de Mary, precisou cuidar sozinha de cinco crianças. Hewson chegou a afirmar que a resiliência de sua mãe lhe ensinou tudo o que ela precisava saber sobre liderança.
Atuando no setor de TI há mais de 30 anos – com passagens em cargos executivos de empresas de tecnologia como HP e Philips – Cristina é pós-graduada na Universidade do Texas e com MBA pela FGV, entre outras especializações.
Reconhecida por sua capacidade de liderar equipes e atingir resultados, entrou para o cargo de CEO em 2013 e possui uma postura pró-diversidade e igualdade de gênero.
Ela também atua na área social, como membro do conselho da Junior Achievement, ONG mundial com foco na educação de jovens.
Com 61 anos, Virginia Marie “Ginni” Rometty ocupa o posto de CEO da IBM e a primeira mulher a ser líder da companhia.
Antes de se tornar presidente e CEO, em janeiro de 2012, esteve nas posições de Vice-Presidente Sênior e Executiva de Vendas, Marketing e Estratégia na IBM.
Monica foi a responsável, em 1996, por abrir a primeira subsidiária internacional da marca, na Argentina, e, de lá, expandir para Chile e Peru.
Ficou mais de 10 anos fora do país e, ao voltar, assumiu a vice-presidência. Cinco anos depois, foi alçada ao cargo mais alto da consultoria e prestadora de serviços de informática.
A empresa está investindo em uma série de ofertas como inteligência artificial, geolocalização, campanhas de fidelização e gamificação.
Maria Teresa Barra é a Diretora Executiva e Presidente da General Motors Company desde 15 de janeiro de 2014. Ela é a primeira a ocupar o principal cargo de uma grande montadora global.
A executiva se formou em engenharia elétrica pelo Instituto General Motors, estagiou na GM com 18 anos de idade e ganhou uma bolsa da montadora para fazer MBA em Stanford.
É um dos grandes exemplos de CEOs mulheres em uma indústria conhecida pela força masculina.
Paula Bellizia é presidente da Microsoft Brasil desde 2015. Formada em Computação e Ciência da Computação na Universidade Estadual de São Paulo (UNESP), ela fez pós-graduação em Marketing na ESPM e MBA na USP.
Trabalhou como gerente de produtos na Telefônica, antes de ir para a Microsoft, entre 2002 e 2012.
A partir daí, Paula dedicou-se a outras empresas de tecnologia: ocupou posições de destaque na Apple Brasil, no Facebook na América Latina e, por fim, voltou à Microsoft, dessa vez como CEO.
Aos 69 anos, a nipo-brasileira passou por altos cargos em algumas das maiores redes hoteleiras do mundo antes de fundar, em 1997, a Blue Tree Hotels.
Aoki é formada em direito pela USP, administração pela Universidade de Sofia, no Japão, e administração hoteleira pela Universidade Cornell, nos Estados Unidos.
A executiva fez a maior parte de sua carreira fora do país, atuando no ramo de hotelaria nos EUA e em países da Europa e Ásia.
Ela acompanha tudo de perto. Na cultura japonesa, servir é um ato de nobreza da alma, e Chieko trouxe esse valor ao Brasil.
Para descobrir quais são as qualidades que levam este 3% de mulheres à elite da liderança corporativa, o Korn Ferry Institute estudou 57 mulheres que foram/são CEOs na lista das maiores empresas.
Confira algumas conclusões da pesquisa que ajudam a compreender o perfil e as características das mulheres que chegaram ao topo da hierarquia corporativa.
Tornar-se CEO não era o objetivo da maioria. Ao contrário: elas estavam mais concentradas em atingir metas e fechar novos negócios do que em avançar na carreira.
Muitas delas iniciaram a carreira com algum conhecimento técnico em STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática), o que contribuiu para que construíssem credibilidade e assim se tornassem líderes.
A possibilidade de gerarem impactos positivos para a empresa e seus funcionários é o que atraiu essas mulheres para o cargo de CEO.
O estudo também buscou avaliar quais competências específicas as entrevistadas procuraram desenvolver nos momentos cruciais durante sua ascensão ao cargo de CEO.
As características mais citadas foram: resiliência, visão estratégica, autoconsciência, coragem e assumir riscos.
Qual sua opinião sobre a escassez de CEOs mulheres no mercado de trabalho atualmente?
Para você, falta diversidade de gênero nas empresas?
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