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O setor logístico vem passando por uma grande transformação, incorporando tecnologia em seus processos e locais de distribuição. Um dos exemplos é o novo centro inteligente de logística da Monsanto, que vamos falar hoje nesse artigo.
Mas o que é essa tecnologia que o setor vem adotando?
Trata-se de armazenamento de informações na nuvem, plataformas tecnológicas para centralização de serviços, inteligência artificial, automação e internet das coisas, entre outros.
Essas soluções vêm para resolver as problemáticas mais presentes hoje no segmento, que são a diminuição de custos, segurança do transporte, melhor gerenciamento de estoque, gestão integrada e transformação omnichannel, por exemplo.
Mas, antes de pensar na logística como vemos hoje, é necessário voltarmos há muitos anos na história para entender a sua evolução. Isso permite que a gente dê a devida importância ao setor.
Algumas empresas ainda focam seus olhares ao “vender mais”, trabalhando muito mais a área de marketing e os times de vendas.
Mas esquecem que um dos pontos-chave da experiência do consumidor, que é o que o faz voltar a comprar, mora na logística.
Este período foi marcado pelo retorno de um comércio com grandes necessidades de engatar uma produção à todo vapor, porém encaixado em um mercado totalmente arcaico e inflexível.
Todos os olhares eram voltados aos grandiosos transportes em massa, sem nenhuma atenção ao consumidor final.
Imagine uma sociedade em que todos os eletrodomésticos eram da mesma cor e modelo e tudo que se conhecia até então sobre tecnologia estava concentrado nas produções e não distribuição.
Além disso, toda a logística da época era controlada manualmente, fazendo com que a comunicação do setor se tornasse morosa e pouco produtiva.
Assim, o único atrativo do mercado era as empresas que entregavam com os menores custos, porém sem priorizar a qualidade, fazendo com que o mercado caminhasse a passos lentos.
Já na década de 1960, os grandes supermercados, por exemplo, começavam a receber as inovações alimentícias desta nova sociedade. Mais opções, cores, sabores, tamanhos e variedades fizeram com que o mercado aquecesse.
Porém, consequentemente, os custos aumentaram para as empresas de transporte. Fora o fato de que, na década seguinte, isso ainda se agravaria com a crise do petróleo.
Uma das saídas encontradas pelo segmento foi a criação de novas modalidades, como os transportes multimodais e o aproveitamento do boom tecnológico que a época lhes ofereceria.
Não dá para esquecer também que, com toda esta movimentação, também surgia o, hoje já tão comum, código de barras e controle de estoque, mais um grande passo carimbado no segmento logístico.
Nos anos 2000 pudemos ver o mercado voltar-se à logística, não só como um serviço de transporte, mas sim como uma arma competitiva de negócios.
Isso evoluiu para uma visão Supply Chain Management (Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos), ganhando o posto de geradora de negócios e investimento em parcerias, graças à chegada do e-commerce no Brasil.
A internet na vida das pessoas, não só das empresas, tornou os consumidores muito mais exigentes e deu acesso à personalização de produtos, que podem ser recebidos direto em seus endereços de preferência.
A nova onda de terceirização deste serviço também proporcionou um crescimento absurdo para esta qualidade exigida e, é claro, nos lucros.
Algumas novidades ainda surgiram na época, como a logística reversa e a grande preocupação no pós-venda, não só quanto a qualidade de produtos, mas também do seu transporte.
Hoje, no entanto, a preocupação é como integrar tecnologia aos processos de distribuição e logística. Por isso, a Monsanto deu um passo à frente e criou o Logistics Smart Center, que nada mais é do que um centro inteligente para controle de processos logísticos.
Segundo o Líder de Operações Logísticas da Monsanto, Johnny Ivanyi, esta mudança começou além da área de Supply Chain, mas sim em todo Costumer Care da empresa, que, sem dúvida nenhuma, envolveria a forma como eles vinham lidando com a logística.
“Precisávamos ser uma área mais dinâmica, proativa, que não espera o problema acontecer, melhorar prazos, ganhar excelência e tornar o UX dos nossos clientes o centro das atenções” frisa Ivanyi.
A nova plataforma funciona ao estilo Cloud, centralizando todos os serviços e fazendo o gerenciamento da frota, analytics, controle financeiro, acompanhamento das cargas em tempo real, monitoramento por câmeras e até o controle de umidade e temperatura dos centros de distribuição.
A empresa tem suas operações mais concentradas nas regiões Sudeste e Centro-Oeste do país, mas também presente no Sul, Norte e Nordeste.
A novidade está rodando há cinco meses, por enquanto, apenas na cidade de São José dos Campos, no interior de São Paulo. Ela foi construída internamente e levou 100 meses para ficar pronta.
Porém, a Monsanto já tem estuda replicar a iniciativa para cidades como Camaçari, na Bahia, Campo Verde, no Mato Grosso, e Uberlândia, em Minas Gerais.
Resultante do escalável e eficiente trabalho realizado por meio de machine learning, a empresa já conseguiu evitar mais de 600 atrasos em três meses, um total de 20% de otimização no nível das entregas.
Houve também a redução de 40 toneladas na emissão de CO2, oriundos da diminuição de 500 mil km rodados nas entregas devido a otimização dos roteiros e redução da acuracidade de inventários, entre outras mudanças.
Além disso, também aconteceu uma melhora no SLA quanto ao custo, qualidade de entrega, operação interna e experiência do cliente, já que os índices de NPS subiram.
Um grande ganho também foi a possibilidade de ter um time melhor desenvolvido e focado em todas as otimizações já apresentadas.
Agora, a equipe já está focada no próximo passo que a empresa pretende dar: o lançamento do mesmo conceito de plataforma para a parte de Costumer Service.
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