Blockchain nos bancos: 5 formas que a tecnologia já é utilizada

blockchain nos bancos

O mercado financeiro vem passando por uma transformação não só na forma e na qualidade nas quais os serviços têm chegado às mãos dos consumidores, mas também como novas tecnologias podem tornar as operações mais seguras. É o caso do blockchain nos bancos.

A tecnologia virou a queridinha no setor, pois tem muito mais a ver com uma transformação na infraestrutura de transações financeiras do que com moedas virtuais em si. Ela não é o dinheiro, mas sim a plataforma operacional que criptografa em blocos.

Muito desse movimento tem a ver com o mercado internacional, onde o blockchain já vem mostrando um impacto grande quando pensamos, principalmente, sobre a morosidade das transferências bancárias e também no valor das taxas.

Para transferir uma quantia hoje da costa oeste dos Estados Unidos para o Reino Unido, por exemplo, gasta-se, em média, 25 dólares americanos e quase uma semana de prazo para concluir a transação.

Dependendo do valor transferido, a cobrança pode ainda ser maior, considerando em média uma taxa de 7,68% do valor transferido.

Isso até hoje sempre foi muito bom para os bancos, pois, por não haver muitas alternativas, também não havia incentivo algum para que eles diminuíssem suas taxas.

Com a chegada do blockchain, os consumidores estão tendo uma oportunidade de ter uma opção mais rápida, barata e segura para estas transações.

Mas não é só fora do Brasil, aqui essa transformação e adaptação já deram seus primeiros passos em grandes bancos e é sobre isso que vamos falar nesse artigo.

Os bancos veem na tecnologia uma oportunidade para reduzir custos, eliminar intermediários, oferecer novos serviços e melhorar os atuais. Veja como a seguir.

Começando com os bitcoins

Para começar, é impossível falar sobre as inovações do blockchain nos bancos sem mencionar os bitcoins.

Isso porque o blockchain surgiu para ser uma estrutura de dados de registro público de todas as transações feitas em bitcoin. Ou seja, os dois cenários se conectam muito.

Há dois casos no mundo dos famosos, por exemplo, que tiveram oportunidade de receber seus cachês em moedas virtuais e, em pouquíssimo tempo, se depararam com uma grande transformação.

A cantora britânica Lilly Alen recebeu em 2017 uma proposta para realizar um show online com pagamento em bitcoins. Seriam 200 mil criptomoedas, mas ela recusou.

Caso tivesse aceito, hoje ela teria uma fortuna de, aproximadamente, US$ 1.470.800.000. Ela deve ter se arrependido um pouco, não é mesmo?

Já no caso do rapper americano 50 Cent a fortuna caiu na conta. Em 2014, ele vendeu o seu álbum Animal Ambition por 700 bitcoins. Foi o primeiro trabalho do mundo da música comercializado desta maneira.

Na época, esta quantia de bitcoins equivalia a US$ 2.127,53. Em 2018, ele acordou com a quantia equivalente a 7 milhões de dólares americanos e, ainda disse em seu Twitter, “eu tinha esquecido que fiz essa merda”.

Com estes dois exemplos, podemos ver como de alguns anos pra cá este mercado deu um grande passo. Em 2017, a criptomoeda chegou a registrar 750 mil investidores, 275% a mais do que no ano anterior.

Aqui no Brasil, as bitcoins ainda são algo um pouco distante do conhecimento da população e longe das agendas dos bancos, mas o blockchain já é uma realidade.

Itaú e Santander

No começo deste ano, o banco Itaú colocou em funcionamento uma ferramenta de controle de margens transacionais de derivativos utilizando o blockchain.

Em uma entrevista ao Valor Econômico, executivos do banco confirmaram que a ação está totalmente voltada aos preços não estarem ligados à um regulador, à versatilidade e à flexibilidade de decisão, já que é tomada pelas apenas pelas partes envolvidas e por não poderem ser consultadas por uma clearing.

Além disso, também não se pode esquecer que elas ficarão registradas, em caráter oficial, em um ambiente seguro e totalmente digital. Isso garante transparência e segurança nas operações.

Já para o Santander, a ideia é focar em uma aplicação do blockchain para que seus correntistas possam transacionar valores entre contas do banco pelo mundo todo através da rede, barateando custos e aumentando a demanda.

Este modelo é muito parecido com um projeto do banco, já em andamento, no Reino Unido, onde colaboradores podem realizar transações para o Santander nos Estados Unidos.

Blockchain no Banco do Brasil

Não só em instituições privadas, o uso de blockchain nos bancos públicos também já é testado. É o caso do Banco do Brasil.

“Nós sempre incentivamos a tecnologia, sempre estivemos de olho no mercado de blockchain, já em 2016 fizemos alguns investimentos, juntamente com algumas ideias para IoT (Internet das Coisas), porém, o blockchain evolui com mais rapidez”, explica Igor Simões, Gerente Executivo de Tecnologia.

A princípio, o banco estava sondando o mercado e estudando algumas possibilidades.

Em 2017, ao verem a proporção que a nova plataforma tomou e o quanto ela poderia beneficiar, eles criaram uma área específica para estudos e projetos ligados a blockchain, que é liderada por Bruno Schmidt, Gerente de Soluções para Blockchain da companhia.

“O que mais tem me impressionado, quanto as novidades deste mercado, é o ritmo fantástico de evolução que ele tem tomado”, conta Schmidt.

“Algumas iniciativas como a rede Stellar, para antecipar necessidades regulatórias, e o Hyperledger Fabric da Linux Foundation, visando suportar livros-razão distribuídos, trazem frameworks e open source, com base forte em empresas de grande por e com uma boa maturidade”, exemplifica.

O olhar do Banco do Brasil para o quão promissor é este mercado não poderia ser melhor. Eles têm um projeto sendo desenvolvido na área, que é sigiloso por enquanto, mas que já segue uma linha de raciocínio da instituição, quanto a visão de futuro sobre o blockchain.

“Nesta nova empreitada, existem grandes possibilidades de redução de custos e de otimização de processos. Hoje, muitos deles levam muito tempo para serem concluídos, dependem de muitas informações e documentos, é claro que produtos terão que ser adaptados para esta nova realidade, mas tem tudo para dar certo, tanto para os bancos quanto para os clientes”, concluem os especialistas.

Formas de usar o blockchain nos bancos

O sistema financeiro brasileiro já encontrou algumas forma, portanto, de utilizar o blockchain nos bancos. Separamos alguns exemplos importantes:

  1. Otimizar o tempo de transações, tanto para clientes, quanto entre instituições financeiras;
  2. Melhorar as taxas de transferências e aumentar a demanda;
  3. Investir com mais segurança e liquidez em ofertas iniciais de ações (trocando IPOs por ICOs, a versão de oferta pública inicial de ações no blockchain);
  4. Descentralizar a venda de ativos, como ações e commodities;
  5. Otimizar a concessão de crédito e empréstimos.

Pois é, o blockchain é uma tendência muito forte mundialmente e as empresas precisam entender os benefícios que a tecnologia pode trazer.

É por isso que a Blueprintt vai realizar nos dias 28 e 29 de novembro o Blockchain Summit, reunindo projetos inovadores em diversos setores: agro, serviços financeiros, setor público e muito mais.

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