HR Summit 2019: a importância das transformações sociais para a gestão de RH

Se a sociedade muda, as empresas também mudam. E ninguém pode negar que a sociedade atravessa um momento de grandes e importantes mudanças, não é mesmo? Essas transformações sociais vão se refletir nas empresas e, naturalmente, na gestão de RH. Algumas das principais transformações dizem respeito aos seguintes tópicos:

  • Diversidade e Inclusão;
  • Conflito de Gerações;
  • Liderança Feminina;
  • Responsabilidade Social.

Neste artigo, vamos discutir com mais detalhes cada um desses tópicos. Descubra qual é a importância dessas transformações sociais para a gestão de RH nas empresas!

Diversidade e inclusão

Diversidade é, talvez, o assunto do século XXI. As lutas das minorias por reconhecimento, respeito e inclusão estão cada vez mais fortes. As empresas não podem mais se eximir da questão: é preciso adotar uma posição clara pró-diversidade, acompanhada de ações concretas pela inclusão de pessoas de todas as raças, gêneros, credos, condições físicas e mentais.

Quando uma empresa manifesta-se a favor da diversidade e inclusão, encontra-se diante de um dilema importante: como assegurar que todas as pessoas da organização tenham acesso a condições de trabalho adequadas e oportunidades justas? Não é uma questão apenas de deixá-las entrar, mas também de abrir portas para que elas possam crescer lá dentro.

A inclusão de pessoas com deficiência é um assunto à parte, pois existe até uma legislação que exige das empresas a reserva de um certo número de vagas para profissionais PcD. O descumprimento da norma pode trazer consequências jurídicas.

No entanto, nem sempre a empresa está preparada para receber esses profissionais. A inclusão só é possível se houver esforços para oferecer acessibilidade, considerando as necessidades de cada um, e para alocá-los em funções compatíveis com sua capacidade e seu potencial.

Conflito de gerações

Atualmente, três gerações de profissionais convivem e trabalham no mesmo ambiente: X, Y e Z. Cada uma tem perfis distintos, e nem sempre elas interagem da maneira mais saudável. Porém, com um trabalho adequado de integração, podem produzir excelentes resultados juntas.

Os profissionais da geração X (nascidos entre 1960 até meados da década de 1980) são marcados por um perfil conservador, que valoriza a remuneração (inclusive benefícios como plano de saúde), gosta de estabilidade e é altamente leal à empresa.

Já os profissionais da geração Y ou millennials (nascidos do fim da década de 1980 até o fim da década de 1990) são ousados, movidos por propósitos e valores, precisam de reconhecimento e não têm medo de trocar de emprego várias vezes.

Por fim, os profissionais da geração Z (nascidos durante a década de 2000) são altamente conectados e valorizam a colaboração. Por outro lado, podem ter dificuldades para estabelecer relações no mundo real e apresentam pouca paciência e dificuldade de focar em uma única atividade por mais tempo.

O papel do RH é viabilizar a integração entre profissionais com perfis tão diferentes, promovendo o diálogo e quebrando mitos e preconceitos sobre as gerações. Além disso, ele também deve encontrar maneiras pelas quais os indivíduos possam se complementar pela combinação de suas forças e fraquezas.

Liderança feminina

Embora as mulheres estejam alcançando cada vez mais posições de liderança, elas ainda são minoria. Segundo o IBGE, apenas 38% dos cargos de chefia são ocupados por mulheres. Além disso, sabe-se que as mulheres ganham menos do que seus colegas do sexo masculino que ocupam a mesma função. Equalizar a situação é uma meta para a qual o RH precisa colaborar.

No entanto, a questão vai além de garantir que as mulheres ocupem posições de liderança e sejam remuneradas adequadamente. Mesmo as profissionais que conseguem chegar a essas posições frequentemente encontram mais obstáculos para desenvolver seu trabalho, incluindo resistência da própria equipe. Apoiar as mulheres líderes e desconstruir as barreiras que elas encontram envolve um trabalho profundo com a cultura corporativa.

Em muitos casos, o papel do RH é conscientizar os colaboradores da organização sobre posturas que carregam um machismo intrínseco, e muitos nem percebem. Um exemplo é o mansplaining, que consiste em explicar algum assunto a uma mulher com condescendência, como se ela não soubesse ou não conseguisse entender. A intenção pode não ser discriminatória, mas o preconceito está entranhado na prática, que precisa ser eliminada de dentro das empresas.

Responsabilidade social

Responsabilidade social é um tema amplo. Envolve desde a preocupação com a preservação ambiental ou os direitos dos animais até a defesa de condições melhores de trabalho ou o interesse por desenvolver a economia das comunidades ligadas à empresa.

Desenvolver ações de responsabilidade social é uma forma de demonstrar que a organização consegue enxergar além do próprio negócio, além do mero interesse financeiro imediato. A questão é tão séria que muitas grandes corporações exigem que até seus fornecedores tenham o mesmo compromisso de responsabilidade social que elas — o que, no final das contas, gera um efeito cascata positivo de boas práticas empresariais.

É importante que as ações adotadas tenham o apoio dos colaboradores da empresa, assim como de gestores, sócios e acionistas. Afinal, é preciso destinar recursos a elas, inclusive, em alguns casos, recursos humanos.

O RH pode atuar como a ponte entre os colaboradores e as ações de responsabilidade social adotadas pela empresa, informando e engajando. Ao mesmo tempo, ele pode ouvir os colaboradores para identificar quais são as causas que eles consideram mais relevantes e tentar trazê-las para dentro da agenda de responsabilidade social da empresa.

Embora nosso foco, neste artigo, tenha sido principalmente na relação entre transformações sociais e gestão de RH, não custa reforçar que essas transformações — ou melhor, a maneira como a empresa lida com elas — também exercem um grande impacto na percepção do mercado, incluindo acionistas e consumidores, sobre a organização.

Quando o RH é ativo em implementar medidas que ajudem a transpôr as transformações sociais para dentro da empresa e abordá-las de maneira construtiva, os colaboradores percebem isso. E, no final, eles vão se tornar advogados e defensores da empresa diante de outras pessoas, ajudando a propagar uma imagem positiva da organização.

Quer saber mais sobre a importância das transformações sociais para a gestão de RH? Esse é um dos temas principais do HR Summit 2019, o maior congresso de Recursos Humanos do Brasil, que vai acontecer em outubro deste ano. Você não pode perder! Então, o que está esperando? Acesse a página oficial, confira a programação completa e faça sua inscrição!

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