Projeto conecta startups e empresas tradicionais de seguros

startups de seguros

Há alguns anos, era impossível pensar que as empresas tradicionais estariam preocupadas com pequenos empreendedores, hoje chamados de startups. Quanto menos fazer parcerias para aprenderem juntas…

O grupo que mais chamou a atenção recentemente são as fintechs. Esta movimentação de mercado começou a ter força fora das terras brasileiras em meados de 2008 e 2009, período pós-crise financeira global.

Tem muitos barulhos que escutamos da janela de casa, mas não vamos olhar, pois não parecem apresentar perigos. No Brasil, a primeira startup da área financeira que fez os bancos “olharem pela janela” foi a Nubank, em meados de 2014.

Começando apenas como um cartão de crédito, porém, sem anuidade e com um relacionamento entre empresa e cliente 100% digital, hoje a empresa já tem o aval do Banco Central para ser uma instituição financeira.

Fechou o ano de 2017 com mais de 3 milhões de clientes, 850 colaboradores e valendo US$ 1 bilhão, tornando-se assim uma empresa unicórnio.

Fora do Brasil, porém, quem chamou a atenção primeiro foi uma startup da área de seguros, uma insurtech, a Lending Club.

Em 2014, a empresa fez a maior oferta inicial de ações do mercado de tecnologia, conseguiu captar US$ 800 milhões e, surpreendentemente, impulsionou a empresa para o 15º lugar no ranking das instituições mais valiosas do mundo, passando a valer US$ 8,5 bilhões.

Mas não é só ela. As americanas Lemonade e Trov também vêm chamando a atenção do mercado internacional

Entenda, a seguir, por que ficar de olho nas startups de seguros pode ser importante para a sua empresa.

O papel das insurtechs

O mercado de seguros, assim como o bancário, é formado majoritariamente por empresas mais antigas e que ainda encontram dificuldade de implantar novas tecnologias e quebrar burocracias nos serviços oferecidos.

Por isso, pelo mesmo motivo de surgimento das fintechs, que além de virar uma alternativa a crise financeira, também era uma oportunidade de se utilizar serviços bancários de maneiras divididas e mais eficientes, as insurtechs vieram para criar mais uma porta de acesso entre as pessoas e os seguros.

Atualmente, mais de 78 startups já oferecem soluções para o mercado de seguros, de acordo com dados do Comitê de Insurtechs da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net).

As insurtechs estão em diversas frentes do mercado de seguros, como regulação e liquidação de sinistros, ajuste e pagamento de indenizações, mitigação de perdas, comercialização do serviço de maneira mais direta, até com não corretores(as), entre outras.

Cerca de 65% delas atuam no mercado de B2B (business to business), 28% em B2C (business to consumer) e 8% em B2B2C (business to business and business to consumer).

As famosas aceleradoras e incubadoras de startups     

O caminho das startups, principalmente as insurtechs, é muito árduo.

Ao mesmo tempo em que têm que se preocupar como vão crescer e se estabilizar no mercado, também estão batendo de frente com empresas gigantescas, que criaram boas raízes no mercado, tem milhares de clientes e uma boa estabilidade financeira.

O que tem as ajudado muito a trilhar um caminho de crescimento e perenidade hoje são as aceleradoras e incubadoras.

Entre as mais famosas no Brasil, estão a InovaBra, do Bradesco, e a Cubo, do Itaú. Pelo mundo, nomes como Founders Space, Plug&Pay e a 500 startups.

Também é possível acompanhar algumas iniciativas à margem dos olhos midiáticos, que também estão oferecendo espaços e projetos de qualidade para, neste caso, as insurtechs, que é o Programa MAR do Conselho Nacional de Seguros (Cnseg) no Brasil.

Como funciona o Programa MAR da Cnseg Par             

“Nós sempre fomos comprometidos com o estímulo a inovação para todo mercado de seguradoras, sempre foi o nosso objetivo”, frisa Alexandre Leal, Diretor Técnico da Cnseg Par.

A instituição já criou a FenSeg (Federação Nacional de Seguros Gerais), a FenaPrevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida), a FenaSaúde (Federação Nacional da Saúde Complementar) e a FenaCap (Federação Nacional de Capitalização).

Agora, para criar frentes de desenvolvimento à startups que tivessem potencial para desenvolver o mercado como um todo, o Programa MAR, que leva este nome em homenagem à Marco Antônio Rossi, ex-presidente da Cnseg, falecido em 2015.

Mas, para que este projeto ganhasse vida, foi necessária também a colaboração de uma investidora chamada Darwin Starter, que, desde então, os ajudou a trabalhar e desenvolver quatro grupos de startups.

Quem pode ser acelerado

Podem participar do processo de seleção as startups em fase inicial ou de crescimento, que já possuam algo com grande potencial para ser levado ou apresentado ao mercado.

É necessário, porém, que a empresa esteja devidamente constituída, com CNPJ ativo, para participar do processo de aceleração.

Para a escolha das empresas que serão aceleradas, os principais critérios são: equipe (qualificação e a complementariedade), mercado (tamanho da oportunidade) e negócio (produto ou serviço oferecido).

Também serão avaliados critérios como maturidade do projeto, sinergia da equipe, taxa de crescimento, entre outros.

Resumidamente, o processo pode ser entendido pelo seguinte fluxo:

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O período de inscrição chega a durar 1 mês, de entrevista duas semanas e o Darwin Day um dia. Nesse último, as startups passam por bancas de pitch, especialistas, psicólogos, governança e tecnologia.

Depois, vem o período de seleção natural, que são quatro semanas de convivência no espaço Darwin. Quem for selecionado, fica em aceleração durante até seis meses. 

“De cada uma das etapas ou turmas, aproximadamente 3% das startups inscritas estão sendo aceleradas” aponta Alexandre sobre os resultados que o projeto tem dado.

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Atualmente, o grupo está em fase de projeção para 2019, avaliando melhorias e entendendo como o programa pode ser expandido.

No momento, cada startup recebe R$ 170 mil de investimento, que é dividido por todas as empresas parceiras participantes, enquanto a coordenação de todo projeto fica com a Darwin Starter.

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Se você ainda não conhece esse mercado, veja 6 insurtechs que vêm inovando no mercado de seguros brasileiro

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