HRBP: um panorama sobre os desafios desses profissionais na pandemia

HRBP

Realizar, gerar satisfação, planejar, prever riscos e capacitar. Esses são os cinco pilares para ser um Parceiro de Negócios de Recursos Humanos (HRBP), de acordo com Dave Ulrich, guru da gestão de pessoas, autor do livro Campeões de Recursos Humanos e criador da figura para promover um alinhamento entre as necessidades da empresa e da gestão de pessoas, da forma mais eficiente frente aos resultados esperados.

Após mais de 30 anos desse conceito, ainda surgem dúvidas no mercado sobre qual é a função real desse consultor interno de Recursos Humanos. A verdade é que o papel de um BP é um dos mais promissores do RH moderno.

O dinamismo do mercado, as inovações tecnológicas e as novas práticas na gestão de pessoas trazem um desafio robusto para as lideranças e o RH, que necessita neste profissional um recurso fundamental nas relações entre a empresa e o colaborador.

Cabe ao HRBP conhecer os processos de organização das pessoas, os negócios para que tenha uma boa, ter equilíbrio nas relações entre especialistas e executores do processo e ser conselheiro do executivo para gerar resultados satisfatórios para um bom andamento da empresa.

Mudança de atuação com o HRBP

De forma geral, a intenção do modelo de BP de RH é focar mais no que o negócio precisa para ter uma boa performance do que em mostrar o que a área de Recursos Humanos tem para oferecer. Isso exige uma série de ações, que não são regra, mas um quebra cabeça de acordo com a necessidade das empresas.

Algumas das tarefas dos HRBP podem ser: ajudar na construção da estratégia de negócios, realizar diagnósticos organizacionais para determinar quais recursos humanos são mais necessários, projetar e fornecer práticas de RH para apoiar o alcance da estratégia e tirar a melhor estrutura para o desempenho do negócio .

Isso exige, por consequência, habilidades de gestão de talentos, desenvolvimento de liderança, agilidade, inovação e capacidade de tomar riscos. 

Em 2019, Dave Ulrich conhecimentosu 13 elementos que os HRBPs precisam desenvolver para que gerem impacto e valor nas sociedades atualmente:

desafios do hrbp na pandemia

 

Como ficou a atuação da HRBP na pandemia do coronavírus

Tratar o Recursos Humanos como uma área estratégica para uma companhia vem transformando os negócios, principalmente através da atuação dos HRBPs. Muito além de captar e manter os talentos, esses profissionais precisam ser parceiros das lideranças, preparando as equipes para enfrentar seus principais desafios, mantendo a produtividade dos funcionários, analisando dados, custos e participando da tomada diretamente.

Com os impactos do coronavírus, é preciso reinventar na execução dos seus planejamentos operacionais, como a migração de seus colaboradores para trabalharem em home office, um plano para os que atuam na linha de frente e ações para manter o engajamento e a produtividade, mesmo não cenário de incerteza e insegurança. Foi uma prova de que, mais do que nunca, ter o RH alocado perto de seus clientes internos só traz ganho para as companhias.

Ainda assim, por ser relativamente nova no Brasil, essa posição enfrenta alguns desafios, como excesso de tarefas operacionais, falta de confiança das lideranças, uso da tecnologia para dar agilidade às atividades e gestão da cultura organizacional.

Pesquisa Blueprintt

Entre os meses de abril, maio e junho de 2020, um Blueprintt realizou uma pesquisa com cerca de 30 HRBPs de todo o Brasil com o objetivo de identificar as principais dificuldades que esses profissionais enfrentando, analisar como eles veem o papel desse modelo de atuação nas companhias e entendido quais ações estão buscando para gerar ganhos ao negócio. Como estará disponível a seguir.

Foram ouvidos profissionais de companhias como Yara International, Ferrero, Nidec Corporation Global, Unilever, ByteDance, Danone, Banco BV, CBMM, Gol, Banco BMG, Via Varejo, TIM, Claro Brasil, Aker Solutions, Johnson & Johnson, Grupo Moura, Catho , CI&T, Stefanini Brasil, Direcional Engenharia, Continental, Seara Alimentos, Stone, O Boticário, Braskem, Philips, Scania e Vogel Telecom, entre outras.

Foram considerados desafios pelos profissionais de HRBP:

  • Como incertezas sobre como agir durante uma pandemia;
  • A demanda por soluções a curto prazo e não conseguir fazer um planejamento estratégico mais longo;
  • A equipe de equipe à distância, se fazendo presente, mesmo em home office;
  • O excesso de operações operacionais, já que há uma dificuldade do cliente interno de desvincular o HRBP para atendimento de RH operacional;
  • A mudança de mentalidade da alta liderança para a influência na gestão;
  • Ter uma visão minuciosa de todos os processos;
  • Dar conta de todas as demandas do negócio e fazer parte do processo decisório;
  • Falta de liberdade para desenvolver os tempos;
  • Mensurar produtividade.

Para eles, a atuação de um HRBP pode trazer os seguintes ganhos para as companhias: 

  • Maior engajamento e aumento da produtividade;
  • Posicionamento mais assertivo do RH frente ao negócio;
  • Tomada de decisões do cliente interno mais assertiva;
  • Gestão humanizada de equipes;
  • Inovação;
  • Obtenção de maiores resultados;
  • Atração de novos talentos;
  • Retenção de talentos e redução de faturamento.

E como os HRBPs aprender esses resultados? 

  • Entendendo qual é o real papel de um profissional de HRBP;
  • Adequando a companhia aos novos modelos de trabalho;
  • Estando amplamente conectado com a estratégia da empresa;
  • Propondo soluções e tendo uma visão de negócio;
  • Construindo uma imagem positiva da empresa;
  • Sendo o grande decisor ou influenciando a tomada de decisão do cliente;
  • Oferecendo cursos e qualificações aos colaboradores;
  • Promovendo melhorias dentro da gestão de pessoas e dos processos;
  • Proporcionando maior diálogo com a equipe;
  • Implantando ações estratégicas para manter o nível de produtividade;
  • Utilizando ferramentas tecnológicas para dar mais agilidade nos processos e serviços;
  • Sendo mais focado na experiência do colaborador;
  • Implementando ações de qualidade de vida aos colaboradores;
  • Transformando o RH em agente de transformação cultural na empresa;
  • Criando um ambiente de trabalho mais saudável, com mais flexibilidade e onde o colaborador tenha suporte emocional;
  • Implantando ações de diversidade, que traz avanços na criatividade e inovação.

Portanto, a chave do sucesso desses profissionais está em saber posicionar uma área de BP no centro de tomada de decisão, mesmo na crise, trazendo mais resultados à gestão de pessoas e se tornando um parceiro do negócio.

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