O Centro de Serviços Compartilhados (CSC) é um setor cada vez mais estratégico e decisivo para as empresas. Como diz o próprio nome, o objetivo da área é compartilhar serviços diante da demanda interna. E para fazer parte da equipe do CSC são necessárias algumas características, como capacidade analítica, familiaridade com tecnologia e principalmente, ser criativo.
Hoje, o modelo de “apenas” servir a empresa com uma solução final já não é mais o suficiente, agora as metas são com base na satisfação do público interno, entregar a melhor experiência. Com isso surge uma questão: os líderes estão preparados para isso? Uma dor bem comum da área é a alta taxa de rotatividade.
Como manter uma equipe motivada e engajada para essa mudança de mindset? Uma possibilidade é trazer esses funcionários mais próximos das tomadas de decisões do CSC. Pois, essa transformação passa por “pensar a área”, sendo mais direto, mostrar o por que proporcionar a melhor experiência pode impactar positivamente o departamento.
Uma analogia para simplificar essa ideia: ao entrar em uma universidade, o aluno espera adquirir conhecimentos técnicos, práticos e, principalmente, refletir sobre a profissão escolhida. É mais ou menos isso que acontece na equipe de CSC, o colaborador tem o conhecimento técnico, coloca em prática, mas ainda sente falta de algo que faça sentido na hora de realizar todas as atividades. Essa peça que ainda falta é o pensar a área.
E isso inclui: qual o futuro do CSC, se ainda faz sentido continuar com os mesmos processos e o que fazer para melhorar. A resposta para essas perguntas podem ser encontradas através de dados, que por sua vez, são gerados pela tecnologia.
Percebeu o efeito dominó? Uma coisa leva a outra e para um mesmo caminho, a inovação.
Inovar vai além de digitalizar um processo, está ligado a criatividade, pensar fora da caixa. De fato não é uma tarefa fácil, mas é uma tendência sem volta. Ainda que na sua empresa não tenha um CSC, essa reflexão serve para todas as áreas.
“Como é que eu deixo de ser um CSC transacional? Tendo automatização. Eu preciso, por exemplo, de alguém fazendo reconciliação em 2020? Eu posso ter um robô fazendo isso, e eu ganho mais uma pessoa para tomar decisões com base em dados que os sistemas fornecem”, afirma Ricardo Castejón, Director Global Services HR da Johnson & Johnson no Programa Executivo de Imersão em Shared Services.
Tecnologia e engajamento na equipe do CSC
O depoimento de Ricardo aponta uma mudança significativa que os Centros de Serviços Compartilhados estão vivendo no momento. O uso da tecnologia pode influenciar no engajamento dos colaboradores.
É uma questão geracional, os novos funcionários já nasceram no mundo tecnológico, logo, esse ambiente é muito mais favorável para eles se adaptarem e, consequentemente, trazer mais resultados para empresa.
Um millennial não conseguirá performar com uma rotina estática, portanto, se atente as dicas para engajar o time do CSC:
- Treine os colaboradores para serem multidisciplinares;
- Comunicação dinâmica, faça com que os sistemas possam ser navegados em telas diferentes (notebook, smartphone e tablets);
- Autonomia para criar ou desenvolver novas ideias;
- Utilize o Big Data;
- Foque no digital.
Seguir esses passos e criar um plano de carreira com foco em desenvolvimento é a chave do encontro entre a tecnologia e o senso de pertencimento dos colaboradores.
Tudo isso respeitando a cultura da empresa. Essas indicações deixarão o clima mais leve e produtivo no dia a dia.
O poder de convencimento ao utilizar dados é uma ótima ferramenta para os gestores tanto para gerar pertencimento quanto engajamento. Antigamente a intuição contava muito (algumas empresas mais tradicionais ainda optam por esse modelo), hoje, através de softwares é possível ser mais assertivo e perder menos tempo ao apontar o foco da atuação. O ganho que essa mudança traz é perceptível para área e para os stakeholders.
Isso vale também para selecionar as pessoas que irão integrar a equipe do CSC, em recursos humanos, fica muito mais simples de compreender a solicitação de outra área para o processo de seleção interna ou externa.
Para quem pretende aplicar os modelos de capital intelectual e transformação digital, visando o end-to-end, seja na escala global ou nacional, o conselho é praticar aos poucos. Estipule metas mensais ou semestrais para inserir as mudanças e analisar os resultados.
Mudar tudo de uma vez é um caminho muito complicado, para não dizer utópico.
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