Relações Governamentais vem ganhando cada vez mais importância dentro das organizações como um setor estratégico no diálogo entre a iniciativa privada e pública, mas nem todos os colaboradores conhecem o papel da área. O próximo passo é justamente a aproximação do profissional de Relações Governamentais com as demais áreas do negócio.
Gestores identificaram que o setor pode ser um agente importante no engajamento da empresa, mas o desafio está em mensurar os resultados das atividades, uma vez que Relações Governamentais é uma área “meio” do processo.
A comunicação interna também passa pelo mesmo drama, inclusive, a C.I é um braço fundamental para a divulgação dos méritos das relações governamentais. Pode parecer simples fazer a divulgação, mas existe uma estratégia específica para cada ocasião. Tudo tem que ser avaliado, desde o público que será impactado até a ferramenta correta para comunicar os colaboradores.
A partir dessas dores (comunicação e mensuração) fica mais simples de organizar um plano de ação.
Essa mudança se deve pela transformação que a área está passando, tanto de perfil, quanto dos profissionais que atuam no mercado. Podemos dizer que a renovação se deu pelo fato das empresas aderirem o compliance como primordial, devido aos recentes acontecimentos envolvendo políticos, com o objetivo de proteger a imagem da empresa.
Afinal, como aproximar Relações Governamentais com as áreas estratégicas?
Podemos notar que duas áreas já são bem próximas a Relações Governamentais, comunicação interna e compliance, mas como estreitar o caminho com logística, tributário, setor ambiental, entre outros? O primeiro passo é mapear os locais de atuação da empresa como fábricas, áreas estratégicas e centros de distribuição.
É necessário conhecer a fundo cada um desses lugares, o cenário político de cada região e o que impacta no dia a dia da empresa a fim de direcionar os pontos focais da estratégia. Feito isso, chegou a hora de reunir todas as informações externas que possam impactar essas áreas.
Normalmente quem fica responsável por essa atividade são as consultorias, mas nada impede que após o levantamento, o setor de Relações Governamentais tenha uma plataforma para guardar as informações. A transformação digital está inserida no processo de mudança que o departamento está passando.
O apoio das consultorias nesse momento é fundamental, pois estamos falando de ambientes diferentes, federal, estadual e municipal. Acompanhar todas as notícias ou projetos de leis de cada esfera é uma tarefa árdua.
Como mensurar os resultados em relações governamentais?
Esse é o momento mais complexo do processo, visto que é muito difícil colocar em valor um projeto de lei que foi benéfico para a empresa ou quanto vale ser mencionado em um discurso positivamente. E o mesmo serve para notícias negativas, quanto a empresa perder se um projeto for aprovado e for ruim para o negócio? Isso é muito complicado de estabelecer.
Um modo de aferir essas questões é estipular quatro partes principais para colocar como resultado, de preferência em gráfico, uma vez que facilita a compreensão:
- Financeiro: números de proposições legislativas acompanhadas pela área (negativo, positivo ou neutro) e quanto esses projetos de leis impactam se forem aprovados ou não;
- Stakeholders externos: quantificar as reuniões com membros dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário. Exemplo: Ministério da Economia, Senado e Câmara dos Deputados. É importante mostrar esses números, porque é muito complicado agendar uma reunião com esse público;
- Stakeholders internos: se faça presente com materiais específicos, reuniões e comunicação. Conforme já mencionado, a comunicação interna irá ajudar nas divulgações da área;
- Processos internos: quantificar as demandas recebidas e resolvidas, realizar pesquisas de satisfação com as áreas de negócio e divulgar as notícias importantes através de plataformas internas.
Após estipular em números e gráficos, alinhe com o pessoal-chave de cada departamento como aquilo vai impactar a empresa e salvar essa informação para alimentar a plataforma de relatórios, expressando que o profissional de Relações Governamentais evitou que a empresa perdesse X milhões de reais, por exemplo. Dessa forma a área agrega valor ao todo.
O que esperar do profissional de Relações Institucionais e Governamentais?
Além da mudança de mindset da área, o perfil do profissional também mudou. Como todos sabem, relações governamentais passou a ser uma área estratégica, relevante e com ações embasadas e estruturadas em transparência e ética.
Logo, uma empresa exige que a partir de agora esse colaborador tenha um perfil totalmente voltado para ética, seja qual for a ação, representando a organização ou negociando e na tomada de decisão, a transparência é o principal valor, tudo deve ser pautado com base nela.
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