A reforma trabalhista e os programas de remuneração e benefícios

Com muitas mudanças previstas, a nova reforma trabalhista é motivo de muito debate dentro das organizações. Toda e qualquer alteração envolvendo remuneração e benefícios gera desconfiança por parte dos colaboradores e desafios para os empregadores.

A intenção é tornar a conversa mais transparente entre os envolvidos, de acordo com Mauricio Froes Guidi, advogado e sócio da Pinheiro Neto Advogados. Maurício participou da última edição do Programa Executivo de Imersão em Remuneração e Benefícios abordando os aspectos legais, oportunidades e riscos que a reforma trabalhista traz sobre as empresas.

“A gente vem de um processo de amadurecimento regulatório, por que a gente teve a reforma trabalhista em 2017 que passa a ter algumas alterações importantes”, diz Maurício na sua fala inicial.

Ainda que assuntos relacionados a salários e bônus sejam de interesse mútuo, a forma como é comunicada muitas vezes afasta e ocasiona mais dúvidas aos colaboradores. A forma de comunicar essas alterações não podem gerar incertezas.

“A reforma trouxe uma novidade que é a regulamentação dos prêmios e dos abonos. O ponto fundamental é que a gente precisa ler o que está na lei e alguns elementos prévios. A lei fala em liberalidade, ou seja, algo que eu não estou acostumado a fazer”, explica o advogado.

A fala do especialista sobre a liberalidade é extremamente necessária, principalmente em como aplicá-la, dúvidas se pode haver uma política, contrato ou meta e como documentar esses possíveis prêmios e bônus.

De acordo com Maurício, o mercado ainda não tem massa crítica para definir essas questões, quando as empresas começaram a se recuperar economicamente a pandemia aconteceu, contudo, o advogado enxerga que a princípio é possível ter uma política geral sobre metas e premiações.

Estratégias de motivação na reforma trabalhista

Não deixar somente com a área de remuneração e benefícios a responsabilidade de traçar estratégias de como engajar os colaboradores é fundamental. Gestores do time de vendas, produção e demais setores devem participar e desenvolver um plano de acordo com a realidade de cada área.

Pode ter uma meta geral, mas é preciso variar as opções e estimular o senso de pertencimento para alcançar as metas.

A comunicação junto ao jurídico é uma grande aliada nessa jornada, com objetivo de informar de maneira assertiva e transparente como será distribuído o bônus. Outro dado importante é relacionado a tributação, ações ou projetos internos são esporádicos e pontuais. Cabe consultar o jurídico como proceder nesse caso.

Caso a área não deseje tributar, é preciso coletar diversas autorizações a fim de evitar problemas de legislação e fiscalização no futuro.

“Mercados estão cada vez mais acirrados, competitivos e dessa forma acontece um assédio muito grande por profissionais estratégicos e aí você começa a ter modelos de não concorrência e retenção”, comenta o advogado.

Esse tema é muito conflitante, pois a não concorrência serve para o colaborador não ir para o concorrente, mas não necessariamente ele incentiva a permanência. O que estimula a permanência é a retenção.

O risco da retenção está na performance, caso o funcionário tenha um mau desempenho, o desligamento antes do período de retenção requer pagamento proporcional do acordo. Como alinhar essa questão? O ideal é ajustar no início da relação, ou seja, na admissão. Se as expectativas não baterem é possível premeditar um possível problema.

Essa parte do processo é muito importante, pois não se trata somente da questão financeira. O investimento é um fator sim, mas tem o ponto do intelecto. Levar a informação para o concorrente. No projeto de retenção, mostre que pode custar caro para o talento deixar a organização e ofereça soluções de acordo com a proposta que ele possui.

Outro tema abordado na palestra foi a redefinição de benefícios principalmente ligados à saúde e previdência. “É um assunto que em tempos de pandemia é importante, mas mesmo em situações normais gera uma preocupação muito grande nos colaboradores, ainda mais pensando nos dependentes, nos planos que comportam os agregados, então o desenho (do plano) é fundamental para a gente sempre ficar atento”, ressalta.

São muitas variáveis para prestar atenção, como:

  • Aumento do plano;
  • Continuação após aposentadoria;
  • Atendimento diversificado;
  • Locais de atendimento.

A reforma trabalhista é um tema interminável e extremamente necessário para todos, principalmente aos profissionais de remuneração e benefícios. Acompanhar de perto qualquer mudança e tendências do mercado faz total diferença.

Pensando nisso, convidamos você a participar do Programa Executivo de Imersão em Remuneração e Benefícios. Clique aqui para conhecer.

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